29 julho 2020

O meu bisavô Jorge Teixeira

 

Jorge Teixeira com os seus netos Nuno e André (encoberto), no final dos anos 60 do séc. XX

 

Não sei bem que altura do ano era. Só sei que estava calor e vinha da praia de cascais.

Passei pela casa da minha avó, em S. João do Estoril, para lhe fazer uma visita. Já tinha tido vários olhares sobre a casa da minha avó Helena…. Ora às escuras por ela ainda estar a dormir, ou a abarrotar de gente, como nos natais, em que todos os tios e primos se juntam, para comer, cantar e discutir. Desta vez a casa estava com bastante luz. O corredor com tons de terra, a cómoda de madeira escura…. É, a meu ver, a típica casa de avós (imaginando que cada pessoa tem na sua cabeça uma imagem diferente de como seria a casa ideal de avós). Nessa bela tarde, logo após dar o tradicional beijinho à minha avó, vi que a casa estava desarrumada. Tinha papeis pelo chão, gavetas cheias de tralha tiradas da cómoda no corredor. Demorei um pouco, mas perguntei o que se passava – “são coisas do teu bisavô”. Fiquei ainda mais curioso, pois nunca tinha ouvido falar de um bisavô que pudesse ser tão grande coleccionador de papelada e tralha. E a minha avó, lá me contou a história do meu Biso Teixeira. Do ferroviário do Barreiro, que escrevia e tocava nos tempos livres. 

TmB

(continuar a leitura)

Sem comentários:

Enviar um comentário