Jorge Teixeira com os seus netos Nuno e André (encoberto), no
final dos anos 60 do séc. XX
Não
sei bem que altura do ano era. Só sei que estava calor e vinha da praia de
cascais.
Passei
pela casa da minha avó, em S. João do Estoril, para lhe fazer uma visita. Já
tinha tido vários olhares sobre a casa da minha avó Helena…. Ora às escuras por
ela ainda estar a dormir, ou a abarrotar de gente, como nos natais, em que
todos os tios e primos se juntam, para comer, cantar e discutir. Desta vez a
casa estava com bastante luz. O corredor com tons de terra, a cómoda de madeira
escura…. É, a meu ver, a típica casa de avós (imaginando que cada pessoa tem na
sua cabeça uma imagem diferente de como seria a casa ideal de avós). Nessa bela
tarde, logo após dar o tradicional beijinho à minha avó, vi que a casa estava
desarrumada. Tinha papeis pelo chão, gavetas cheias de tralha tiradas da cómoda
no corredor. Demorei um pouco, mas perguntei o que se passava – “são coisas do
teu bisavô”. Fiquei ainda mais curioso, pois nunca tinha ouvido falar de um
bisavô que pudesse ser tão grande coleccionador de papelada e tralha. E a minha
avó, lá me contou a história do meu Biso Teixeira. Do ferroviário do Barreiro,
que escrevia e tocava nos tempos livres.
TmB
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